Carmel Seymour

Estou vivo

Ilustração Carmel Seymour

Sabemos que estamos vivos, contudo, vivemos de modo a estarmos realmente vivos? A vida acontece agora, somente agora. O que ficou para trás é a vida que passou. O que virá, ainda não é vida.

Toda a vida acontece agora.
Apenas agora, nos sentimos em vida.
Apenas agora, nos sentimos vivos, plenamente vivos.

Em nossas viagens interiores, acompanhamos a nossa vida tal como vivemos agora. Nelas nos desprendemos, antes de tudo, do que não existe agora. Desprendemo-nos de tudo que já passou e de tudo que ainda é futuro. Assim, em nossas viagens interiores, alcançamos a vida em sua totalidade, porque somente agora ela é total.

Somente agora, nossa vida atinge a sua plenitude, adquire sua profundidade.
Somente agora, ela ganha a sua referência ao que a mantém e ao que aponta para além da vida e nos conduz além dela.

O que nos leva para além da vida? A contemplação de algo que a vida se sente totalmente entregue e em que ela repousa, em última instância. Como?
Agora, unicamente agora.

Nessa contemplação, experimentamos a vida em sua plenitude, não querendo mais nada, não desejando que algo seja diferente do que é agora. Nessa contemplação, vivenciamos a vida presente, em todos os seus movimentos, centrados e preenchidos neles.

Portanto, como devo viver?
Totalmente agora.
Agora vivo com outras pessoas. Como?
Totalmente, totalmente agora.
Como estou totalmente com elas?
Totalmente no amor.

Bert Hellinger em Viagens Interiores (página 72. Editora Atman, 2008).

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